Altruísmo na idade madura

Porque as pessoas idosas as vezes se tornam seres altruístas?

Uma vida inteira dedicada a servir, às vezes nunca paramos para pensar sobre este tema, porém é interessante conhecer um termo tão pouco usado que tanto muda nossa própria vida e a vida daqueles que estamos ajudando.

O que é Altruísmo?

É o termo que se usa para denominar aquele que tem como objetivo ajudar, é exatamente o oposto do egoísmo e significa aquele que pratica o amor ao próximo, que não tem interesse algum em colher qualquer benefício próprio ao agir em auxilio do outro.

A pessoa altruísta se move em direção do bem, da ajuda da dedicação ao próximo e tem como motivação seu próprio prazer, sua alegria.

O altruísta é alguém simpático, leve e sorridente é um ser especial que entende com leveza o que o outro está sentindo e usa de sua capacidade de resiliência para agir.

Mas e na idade adulta, na madurez da vida? Como um idoso consegue ser ou desenvolver o sentido de altruísmo?

Quando estamos na idade madura da vida normalmente nos tornamos mais observadores, menos exigentes e para nossa existência não há nada melhor do que se sentir vivo(a), ativo e prestativo daí, alguns desse idosos desenvolvem a capacidade de ser alguém altruísta, porque o simples fato de sentir que alguém pode precisar dele(a) o faz muito feliz e esta felicidade pode ser inclusive a chave de uma longevidade saudável.

Temos como um bom exemplo o Japão, lá os idosos são respeitados e continuam a trabalhar e muitos não por necessidade financeira e sim, por apenas se sentir útil, poderem praticar o altruísmo consciente e consequentemente se manterá em um quadro de felicidade e de presteza.

Algumas vezes é necessário sermos atentos ao que se refere ao altruísmo ou a invasão da privacidade alheia, sim, é necessário observar pois não apenas como ajuda e não apenas pela idade a pessoa idosa também pode ser julgada como intrometido(a), bisbilhoteiro(a) etc. e nestes casos é necessário avaliarmos a intenção do ato praticado para só depois julgarmos.

Um idoso pode ser altruísta sem “segundas intenções”, claro que pode, ele (a) estará ali apenas para ajudar, ser útil e “garantir a boa ação do dia”, porém há aqueles que também querem “saber de tudo”, se inteirar de fatos que não lhes diz respeito e usam deste ato de ajuda para se aproximar o máximo da intenção que estará por trás de sua ação.

Nestes casos é necessário paciência e muita conversam mostrar para este idoso(a) que aquilo que ele está fazendo “não está certo” que atitudes como estas podem inclusive exclui-lo do convívio familiar e também social ou trabalhista causando total ou parcial isolamento.

É natural sentirmos que idosos podem se comportar de forma egoísta, alguns se apegam exageradamente a seus pertences e não permitem que sejam nem tocados, são “egoístas” conscientes ou não. Alguns são até indelicados em suas atitudes, porém se de alguma forma pudermos nos aproximar deste indivíduo poderemos perceber que foram pessoas que de alguma forma “sofreram” ao longo dos anos, trabalham arduamente para conquistar aquilo que hoje se tornou “posse” não conseguindo se desvincular, cabe a nós, conversar com respeito fazendo-os entender que são bens materiais e que um dia aqui ficarão.

Na mesma proporção entendendo estas atitudes egoístas podemos entender também o contrário desta ação, o idoso bonzinho, solícito que consegue agir de forma consciente de suas necessidades e não se apegar à elas a ponto de se prejudicarem emocionalmente.

Ressaltando que nem todo idoso ríspido será assim até sua finitude, um dia ele “entenderá” e naturalmente mudará de atitude.

No Altruísmo o sujeito age espontaneamente, às vezes inclusive ajustando suas necessidades pessoais à ajuda que possa dar à aquele que dele(a) possa necessitar. Ele (a) é simpático (a) na maioria das vezes e não demostra nunca qualquer reação negativa, está sempre feliz estando em que idade estiver porque sente na ajuda uma forma constante de estar presente no mundo em que está inserido(a)

Idosos altruístas na maioria das vezes são seres ágeis, mantém sua saúde física e mental sempre equilibrada, estão “sempre ali” esperando a hora certa de poder agir.

Quem não conheceu aquela vovó que sempre está pronta pra deixar as latas cheias de biscoitos gostosos ou um preparo daquela comida que só ela pode fazer? Quem não lembra dos domingos na casa da vovó em que toda família se reunia e era ela quem ajudava a todos? Quem não conhece um ou uma idoso (a) que sempre diz, “Pode deixar comigo” ou mesmo que não fale, está sempre ali “dando aquela mão necessária”?

Pois é, é assim que eles estão prolongando suas vidas, se sentindo ´´uteis” presentes e sempre perto portanto vamos prestar atenção a aqueles que ao nosso lado estão, não vamos “poupa-los” de nos ajudar ou ajudar a quem precisar pois altruísmo é vida, vamos dar a eles a oportunidade da longevidade.

Vamos monitora-los caso necessário, mas nunca os podar, vamos pedir ajuda, quem sabe ao vovô para fazer aquela pipa tão ágil no céu, ou quem sabe aquele carrinho de rolemã que ele tão perfeitamente sabe fazer.

Vamos “ocupar” as tardes daquela titia que tão perfeitamente sabe crochê, ou daquele tio que fala outro idioma ou tem facilidade ou habilidades de um professor para nos ajudar nas tarefas da escola ou simplesmente nos levar ao jogo de futebol? 

O idoso que se presta a ser altruísta tem uma saúde psíquica equilibrada, tem mais vontade de viver é generoso, não se presta à julgamentos se tornam empáticos naturalmente pois estão ali para ajudar e isso basta.

Compreender, apoiar e incentivar a eles é nosso dever.

Vamos ser mais e mais altruístas?

Gilwanya Ferreira

CRP 04/42417

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